terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ALLISON CONTRA OS ZUMBIS - RESENHA - SEM SPOILER

Oi! Como você deve saber, me chamo Gabriel. Tenho 14, moro no estado da Bahia. Essa é minha primeira resenha de blog. Hey, por que você escolheu Allison contra os Zumbis para a primeira resenha? Meu aniversário foi na terça passada (08/12, terça-feira), e eu ganhei alguns livros (incluindo ACZ, que estava na minha lista há um tempo) e resolvi criar um blog pra dizer o que eu achei deles, e ajudar o pessoal na hora de comprar ou não. O objetivo é expor minha opinião, basicamente. 
E por que Gabriel Contra os Zombies? Como eu não tinha ideia de qual nome colocar, optei em fazer uma "paródia" pra não dizer plágio  do título. Não sei se vocês gostaram, mas acho que não ficou tão ruim. Pode ser que eu mude algum dia. Agora vamos voltar ao principal.
Antes irei falar um pouco sobre sobre o livro em si. Bem, Allison, a protagonista, é uma jovem garota americana que cursa a faculdade de Letras (o que já me fez gostar dela) e trabalha numa loja de livros para pagar a faculdade. Ela mora sozinha e visita a mãe que sofre de câncer sempre quando pode. Sua vida não é muito agitada, mas tudo muda quando ela está trabalhando e escuta explosões virem de fora, e então vê que monstros estão dominando a região. Ela e um grupo de amigos/funcionários se escondem no interior da loja, onde observam os "monstros" pelas câmeras.
Allison Contra os Zumbis ou Allison Hewwit is Trapped (Allison Hewwit Está Presa, numa tradução literal) foi escrito por Madeleine Roux, autora da famosa saga Asylum, e publicado em 18 de Janeiro de 2011. 

(Capa brasileira a direita, americana a esquerda)

CAPAS

Brasileira: Allison não tem nem trinta anos, se eu me lembro bem. Por isso achei a capa bem mal feita, o desenho foi MUITO bem desenhado, ficou bonito, mas... as rugas da face dela dão a impressão que ela já está formada, trabalhando e perto dos trinta e cinco anos de idade. Sei que é normal ter rugas, mas achei um exagero. Tirando isso, ficou bem desenhado e editado, e a fonte e cor do título estão ótimas, além da fonte hightech no nome da atriz. 
Americana: Essa capa ficou legal, sério. E, pessoalmente, acho capas em que não mostram o rosto da personagem melhor, te dá mais espaço pra imaginar. Sabe as capas de Gossip Girl (se não sabe, dá uma jogada no google)? Pois bem, é aquele tipo de capa que me atrai, o tipo que dá espaço pra imaginação de quem lê. O jeito que o título e sub-título está escrito, cravado na madeira da estante de biblioteca, ficou muito legal. 
Entre as duas, prefiro a brasileira. Acho que o desenho da brasileira está mais detalhado, um cartoon-real bem legal, por mais que as falhas que eu disse estejam bem evidentes. 

PERSONAGENS

Eu costumo gostar fácil de todos os personagens, e é comum achar somente um ou dois quem eu não goste. Em Allison é diferente, eu odiei muitos personagens. Por que, Gabriel? Deixe-me dar um breve resumo a vocês, contando um pouco sobre cada um. Antes quero deixar claro que todos os personagens são muito bem construídos, mas é uma opinião minha sobre a personalidade de cada um.
Temos, claro, Allison. Alisson não é nem baixa nem alta, cabelo curto castanho-escuro. Ela tem uma personalidade forte, e não se deixa ser abalada facilmente. Ela é quem tira muita gente de várias enrascadas que o pessoal se mete. Eu gostei dela, mas às vezes parece que, mesmo ela sendo forte emocionalmente, o "amor" e a "paixonite" que ela tem por (sem spoiler!) acaba atrapalhando muito e tirando ela do foco, e eu não gosto dela tentar ser a salvadora do dia mesmo sabendo que, naquele momento, ela não é capaz. Mas tirando isso, Allison é uma ótima personagem. 

Holly e Ted — compradores ativos da livraria — são namorados. Holly é uma baixinha fofa e alegre, enquanto Ted é um clássico nerd asiático estudante de bio-química que veio fazer uma espécie de intercâmbio de faculdade. Allison e uma amiga que trabalha com ela na loja chamam os dois de Holleted, já que, de acordo com Janette (melhor amiga a de Ali, a qual irei citar depois) e Allison, eles nunca andam separados. Eu gostei muito de Holly pelo fato dela conseguir ser doce, alegre e não-insuportável ao mesmo tempo. Ela era* a mais nova (estou falando no pretérito pelo simples fato de já ter lido o livro*), ela e o Ted, mas os dois não se desesperaram, conseguiram ficar firmes ali. Claro que Holly chorou bastante, mas com ajuda foi fácil se acostumar com uma nova vida. Ted é muito inteligente, mas um pouco medroso. Ele é como Matt (sim, mais tarde eu falo dele), pensar antes de fazer. Gosto dos dois.

Janette, Matt e Phil são os que trabalham com Allison na livraria. Matt é que nem Ted, mas extremamente mais egocêntrico e mente estranha. Tem uma hora em que ele insiste que o governo é o culpado da origem dos mortos-vivos, e arma teorias e essas coisas, quando a maior preocupação de todos é saber o que comer e onde fazer o número 2. Não, eu não gosto muito dele.
Janette é a melhor amiga de Allison. Ela é sorridente, generosa e sempre concorda com Allison em tudo. Eu gosto dela, mas há algumas partes em que ela abre mão da amiga pra ficar no lado de Matt. E isso mostra que ela não é um robô-segue-ordens, tem vontade própria, entende? Ela chora quando sente medo, e mostra pro leitor que a humanidade ainda está nas pessoas. Eu gostei muito da personagem.
Phil é o gerente grandalhão e forte — mas não ágil, como Alisson disse. — que põe tudo em ordem, mas quando tudo "aconteceu", ele ficou no chão, triste e sem reação. Eu não gostei muito dele pelo fato de não querer ajudar em nada, Allison e Ted tem que praticamente forçar ele a fazer alguma coisa. Acho que as vezes em que ele ajudou por vontade própria foram umas duas. Ele também tem uma forte tendência a ser egoísta, e isso me faz dar um ponto negativo ao personagem. E, com isso, ele se junta a fila não-gostei-de-você com o Matt. Seja bem-vindo, Phil! 

Esses são os personagens principais, e aparece muitos — sério, muito mesmo. — outros ao longo da história, mas creio que não vale a pena colocar eles aqui já que suas participações não são tão longas. Podem até ser, mas você tem que ler pra descobrir.

DESENVOLVIMENTO DA HISTÓRIA

O mais legal de tudo é que o livro é narrado em primeira pessoa, e tudo é feito num blog! Eu sou apaixonado por escrita em primeira pessoa, sabe? Em primeira pessoa, você se sente como o próprio personagem, lê suas emoções e tudo parece mais real. Eu não gosto muito de terceira pessoa, pelo gato de achar cansativo e monótomo. Mas abro exceções (não que eu deixe de ler os que estão em terceira pessoa, mas admito ter um certo preconceito) para livros de mistério e fantasia, como Game of Thrones. Eu não li, não ainda. Mas sei que acontece muita treta, e os pontos de vista devem ser variados. Voltando ao principal, Allison escreve tudo em seu blog. O.k., mas como ela escreve em meio a um apocalipse zombie? Acontece que há uma internet vinda dos militares, a SNet. Ela aproveita a SNet e escreve tudo o que ela pode, por isso que é possível saber a data de cada postagem. A única coisa negativo disso é o fato de vermos uma lógica: se Allison escreve que se meteu numa fria sessão da tarde feeling é por que ela já tá bem pra postar aquilo, então o livro é um auto-spoiler de cada cena. Como eu vou ficar nervoso em ver que ela tá contra uma horda de zombies se eu sei que ela encontra tempo pra postar aquilo depois? É, isso é bem complicado, mas não estraga o livro, sério. Outra coisa legal é como ela difere os zombies entre Murmuradores (os que deixam você saber que ele está ali, fazendo barulho e mais doentio) e os Vagantes (silenciosos e mais lentos).
Como tudo é um blog, temos os comentários, e isso é muito legal pra vermos o que acontece ao redor do mundo com outras pessoas. Misture The Walking Dead com Gossip Girl e BUM!, conseguimos Allison Contra os Zumbis.
Agora algo negativo do livro: emoções. Uma vez eu disse que morreria de pressão (em todos os sentidos) se acontecesse um apocalipse zombie. A Terra morreria, entende? Isso me deixaria em depressão, não conseguiria fazer nada. Aí uma amiga comentou, dizendo que não haveria tempo pra entrar em depressão. E isso tem a ver com o que vou digitar agora, você escolhe seu lado.
Allison e os outros personagens se adequam totalmente bem ao que está acontecendo. Não importa se as pessoas estão morrendo, eles não se preocupam com isso, simplesmente batem na cara dos zombies sem nem mesmo se preocuparem se são pessoas ou não, vão no pensamente é eu eu ou isso, é totalmente normal você pensar assim tempo depois, quando você vê que essas coisas realmente são diferentes agora. Mas no inicio do livro, Allison, que já está no fundo da loja com os outros, já matou um deles como se fosse comprar pão. Ela descreveu a coisa, e disse que a matou. Simples assim, matou. Claro que rolou aquele nhem nhem nhem de "não tinha vida naquilo, era eu ou ele!" como em toda séria zombie, mas eu ainda não me conformei com o fato deles se acostumarem tão rápido. Isso foi um dos fatores que contribuiu para que eu tivesse uma preferência por Janette e Holly, as personagens mais humanas ali. 
Eu poderia falar sobre muitas outras coisas e outro alguém, mas o livro é grande (mais de 300 páginas) e não há como eu citar o que acontece lá no meio sem dar um spoiler. Então, meu amigo ou amiga, é hora de abrir a carteira e se aventurar nesse mundo cheio de zombies sessão da tarde ataca novamente. 

NOTA GERAL

Não sei se você já leu Fazendo Meu Filme, da Paula Pimenta — eu sim, quem sabe uma resenha dele outro dia? —, mas Fani, a protagonista, avalia os filmes que ela assistiu por estrelinhas, um a cinco. Vou adotar isso aqui pro meu blog. Não estrelinhas, mas cérebros (por favor, diga que entendeu o trocadilho pelo título e... é, deve ter entendido). De um a cinco cérebros. Tipo aquele canal de filmes, o qual não lembro o nome, mas sei que eles classificavam os filmes por pipoca. Será que se eu classificar por cérebros estarei plagiando? Hum, vou arriscar!
A nota geral para Allison Contra os Zombies é de: 3 CÉREBROS! 
(A imagem ficou grande demais para colocar cinco vezes numa mesmo linha, então só coloquei um pra ilustrar. É minha primeira resenha, então acho que vocês relevam isso, né!?)

É isso, pessoal. Recomendo vocês comprarem e tirarem suas próprias conclusões. Se continuarem na dúvida, pesquisem mais e tenho certeza de que vão encontrar mais coisas sobre Allison Contra os Zombies. Até a próxima resenha, que provavelmente será sobre Desaparecidas, de Lauren Oliver.

Como Leo, de Fazendo Meu Filme diz: Um abraço para os garotos e um beijo para as garotas.